Artigo sobre entrada da africa do sul no brics
A idéia dos BRICS foi formulada pelo economista Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico, financeiros, empresariais e de comunicação. Em 2006 deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS. Até 2006, os BRICs não estavam reunidos de modo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada em 23 de setembro de 2006. Este foi o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar em âmbito internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final). Como o BRICS tem um caráter informal, não possui documento constitutivo, não funciona com secretariado fixo e nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. A incorporação da África do Sul amplia a representatividade geográfica do mecanismo em momento em que se busca, no plano internacional, a reforma do sistema financeiro e, de modo geral, a crescente democratização da governança global. A entrada da África do Sul nos Brics também serve para reforçar o bloco como um expressivo fórum de países emergentes. Mas essa adesão, resultado do convite chinês, também evidencia grandes diferenças internas do grupo. Maior e mais diversificada economia do continente, com PIB na casa de US$ 350 bilhões, a África do Sul está longe do patamar dos quatro gigantes emergentes dos Brics. Os sócios