Livros didaticos
Argumentação: algumas considerações Se tomarmos estudos sobre a argumentação, vamos percorrer um caminho que nos leva a dinâmica da comunicação. Breton (1999) diz que a argumentação está na base de nossa atividade social e é de natureza discursiva. A argumentação está na nossa vida cotidiana e é ela que nos permite expressar e defender pontos de vista diferentes ou divergentes com o objetivo de convencer o interlocutor. Mesmo em situação de monólogo no contexto das palestras, ou da leitura de livros – situações presentes no cotidiano das pessoas – nos engajamos na argumentação. Trata-se, aí, de diálogo das argumentações do livro. O diálogo se realiza pela presença das idéias/argumentos do livro – interlocutor imaginário – que pretende nos convencer. Os leitores podem ser convencidos ou elaborar contra argumentos. São confrontos entre pontos de vista e entre indivíduos. A argumentação define-se como atividade social de natureza dialógica. Na sala de aula, quando os professores, por meio do livro didático, adéquam os conhecimentos, argumentos científicos aos estudantes, eles estão agindo como roteiristas. Esse procedimento de adequação pode ser examinado com base nas figuras de pensamento que coordenam e condensam os significados dos livros. Isto é, os procedimentos dizem respeito à melhor apresentação do saber que faz o professor aos alunos (auditório). Se o professor ficar distante das figuras que apresentam o universo conceitual e distante do mundo afetivo do aluno, menor será o espaço para a negociação de significados com os aprendizes; tanto na retórica em geral quanto da retórica escolar, como particular.
A linguagem científica: dos enunciados lógicos às metáforas A comunicação das ciências constitui, hoje, uma fonte de novidades metodológicas. No empirismo clássico a linguagem científica traduz os procedimentos, as idéias ou os fatos científicos por meio de idéias como unidades do pensamento que, podemos dizer