Livro didático
1. INTRODUÇÃO - HISTÓRICO
O livro didático, sem dúvida, é a ferramenta de apoio ao ensino mais próxima do professor. Apesar de ameaçado pelos módulos de ensino super resumidos e o anúncio da mídia de que o seu fim está próximo, o livro ainda é a principal fonte de informação e provavelmente a principal influência sobre o professor na elaboração dos currículos em geral e das Ciências em particular.
A história sobre o livro didático (LD) é equivalente a idade da escola, ou seja, é um processo antigo que segundo Soares (2001), já na Grécia antiga, Platão aconselhava a composição de livros de leitura que incluíssem a seleção daquilo que deveria saber um indivíduo, entre as muitas coisas que poderia saber. Assim, cabia a escola, selecionar os conhecimentos que seriam trabalhados com os alunos e o LD passou a ser considerado um instrumento para assegurar a aquisição desses conhecimentos.
No sec. XVII o conjunto de livros passa oficialmente a ser chamado de Enciclopédia, organizada por Diderot, no qual houve a contribuição de muitos estudiosos, como Voltaire.
No sec. XVIII – XX com a implantação dos modernos métodos dos sistemas de Ensino, a tradição era dos compêndios ou tratados. Essas obras objetivavam esgotar completamente um tema. Nestas obras, a característica principal era de caráter dissertativo e teórico descritivo. O compêndio embora destinado a estudantes, não se preocupava com as características pedagógicas, mas sim com o enunciado de leis e fatos da Ciência que procurava descrever. A Ciência é apresentada como obra acabada e sem contradições.
Após a Segunda Guerra Mundial e com a ascensão dos Estados Unidos como a grande potência mundial, o Brasil passa a ser zona de influência americana, ocorrendo então uma mudança de eixo cultural. As influências culturais passam da escola européia francesa para a escola americana, que passa a ser a principal