O livro didático
O livro didático
No presente histórico, voltada para o mecanismo da ação-reflexão-ação e busca mudança ao elaborar o presente trabalho, como ponto de referência uma pesquisa em que a luz da pedagogia progressista de Georges Snyders, na dinâmica interna da sala de aulas. A prática pedagógica de quatro professores de língua portuguesa.
O estudo mostrou que se essa escola estava cumprindo sua função reprodutora, pela ação de alguns professores, ao preparar o aluno segundo os padrões dominantes, revela também uma faceta transformadora que se realizava pela ação recíproca de outros professores.
À medida que aprofundava a reflexão sobre a prática dos professores observados, ia ficando claro, o que importa, é o posicionamento do professor.
O instrumento referencial básico de trabalho do professor, no processo de transmissão-assimilaçao do conhecimento, no ensino fundamental, é preciso ajudá-lo a se posicionar em relação a ele. O melhor livro didático poderá ser inadequado e o trabalho comprometido, apenas propõe caminhos, estimula buscas, podem despertar amplas e fecundas possibilidades.
A maior parte dos livros didáticos, os de comunicação em língua portuguesa, via texto para leitura ou livros-texto, apresenta apenas uma face da realidade, não falsa, mas, muitas vezes, pouco representativa para a maioria dos alunos.
Reconstruindo a prática docente de cada dia
A transmissão de um conjunto de conhecimentos desvinculado do cotidiano daqueles a quem se destina um saber pronto e acabado, sempre ocupou o primeiro plano das preocupações de uma escola voltada basicamente para a consolidação e a manutenção da dominação econômica e político-ideológica na sociedade capitalista.
Por exemplo, nas turmas desses professores, os alunos anotavam páginas e páginas de conjugações verbais em todos os tempos e modos sem nenhuma explicação. Nem antes, nem indicativo subjuntivo ou mais que perfeito normalmente a qualquer pergunta dos alunos, um