LIVRO I ética a nicomaco
LIVRO I
No livro 1 da Ética a Nicômaco, Aristóteles tem como ponto de partida para essas estas interrogações, a explicação sobre a natureza da felicidade e, no decorrer da obra, nos deixa uma análise do que entende por Eudaimonia, ou seja , a Felicidade Perfeita ou Sumo Bem, que é o verdadeiro sentido da vida, e, só é possível no exercício da atividade contemplativa, proporcionada por uma vida em que as finalidades últimas de cada ação sejam atingidas, em resumo, uma vida virtuosa. No livro 1 da ética a Nicômaco , o filósofo apresenta sua tese na afirmativa de que “A felicidade é uma atividade da alma conforme a virtude perfeita”. Portanto, neste livro se discute a relação entre felicidade e virtude.
Para compreender esta tese é preciso refletir sobre a função do homem, visto que Aristóteles admite que para toda arte, investigação, e, sobretudo, para toda a ação e toda a escolha existe uma finalidade última, o que ele chamou de Bem, quando disse que “o bem é aquilo a que todas as coisas tendem” . Mas qual será o bem que o homem almeja como fim último de sua vida? A felicidade!Mas no que acreditam consistir a felicidade ? Será o prazer, a honra, a riqueza? Segundo o filósofo, identificar estas conquistas com felicidade, embora tenha um certo fundamento, é próprio do tipo mais vulgar de homem, pois o prazer pode torná-lo, por exemplo, escravo dos vícios; a honra que é a finalidade da vida política, é superficial para ser o fim último, pois como disse o filósofo, “depende mais de quem a confere do que de quem recebe”, logo não é um bem próprio do homem, inclusive ele pode perdê-la. Quanto a riqueza, afirma que “é algo útil e nada mais, e ambicionado no interesse de outra coisa”, portanto, prazer, honra e riqueza não são o bem último dos homens , ou seja, um bem universal para o qual todas as outras coisas se fazem, pois a felicidade é buscada sempre por si mesma e nunca com vistas a