Etica a nicomaco livro i e ii
Ética a Nicômaco é a principal obra de ética de, onde se expõe sua concepção teleológica e eudaimonista de racionalidade prática, sua concepção da virtude como mediania e suas considerações acerca do papel do hábito e da prudência na Ética. É considerada a mais amadurecida e representativa do pensamento aristotélico.
O título da obra deriva do nome de seu filho, e também discípulo, Nicômaco. Supõe-se que a obra resulte das “anotações de aula” deste e publicadas pelos discípulos de Aristóteles depois da morte prematura, em combate, de Nicômaco.
Aristóteles inicia suas aulas sobre ética, conforme as anotações de seu filho, discutindo as ideias de seu mestre Platão. E, embora vá ser diferente deste em muitos pontos – passando de um idealismo para um realismo, se assim se pode falar, - a ideia fundamental de Aristóteles é, tanto quanto para Platão, o Bem Supremo. E esse bem supremo é ainda e sempre a felicidade.
LIVRO I
CAPÍTULO 1
Todas as coisas tendem para o bem, por exemplo: toda ação e toda escolha, toda arte e toda investigação. Os fins se dividem entre (i) atividades, e (ii) produtos diferentes das atividades das quais resultam, sendo estes distintos das ações, e por isso mais excelentes. Como há muitas artes e ciências, existem muitos fins. Os fins fundamentais devem ter preferência sobre os subordinados, pois estes são procurados em função daqueles.
CAPÍTULO 2
Considerando a existência de um fim que desejamos por si mesmo, sendo que todas as outras coisas são desejadas por causa dele, esse fim vem a ser o “sumo bem”, tudo seguindo em sua direção. Ele é objeto da ciência mais prestigiosa e que prevalece sobre tudo: a ciência política. A finalidade da ciência política abrange a finalidade das outras ciências, e tal finalidade é o bem humano, mas principalmente voltado a todos os indivíduos organizados em uma nação ou cidade-estado, por ser mais nobre e mais divino do que se fosse voltado a um indivíduo só.
CAPÍTULO 3
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