Livro triste fim de policarpo quaresma
Militar no Brasil, entre 1968 e
1973, também conhecido pelos oposicionistas como " anos de chumbo". Nesse período do desenvolvimento brasileiro , a taxa de crescimento do PIB saltou de
9,8% a.a. em 1968 para 14% a.a em 1973, e a inflação passou de
19,46% em 1968, para 34,55% em
1974[1] [2] . Paradoxalmente, houve aumento da concentração de renda e da pobreza[3] .
Durante o milagre instaurou-se um pensamento ufanista de
"Brasil potência", que se evidenciou com a conquista da terceira Copa do Mundo em 1970 no México, quando se criou o mote: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
Durante o milagre, a alta nas bolsas de valores brasileiras iniciada ao final da década de
1960[4] resultou em um clima de euforia generalizada – incentivado por canções como Pra frente Brasil
–, apelidado pelo autor Elio
Gaspari de "patriotada" . Segundo
Reinaldo Gonçalves, professor da
UERJ e economista, o período do milagre econômico foi o que gerou maior crescimento econômico desde a Proclamação da
República. [5]
Foi, porém, um período paradoxal da História do Brasil. Ainda de acordo com Elio Gaspari, em sua obra A Ditadura Escancarada [6] :
“ O Milagre Brasileiro e os Anos de
Chumbo foram simultâneos. Ambos reais, coexistiam negando-se.
Passados mais de trinta anos, continuam negando-se. Quem acha que houve um, não acredita
(ou não gosta de admitir) que houve o outro.
”
Como se iniciou
No governo de Juscelino
Kubitschek , entre 1956 e 1961 , o
Brasil passou por um acelerado crescimento econômico baseado no Plano de Metas, a partir do qual se pretendia dar conta de cinquenta anos de progresso em apenas cinco. O ideal desenvolvimentista defendido por
Kubitschek assentava-se na política de substituição de importações sob a inspiração da
CEPAL e resultou, entre outras
coisas,