Literatura e humanização
Curso: Letras
Bimestre: 1º
Turma: 2012
Professora: Ana Lúcia Machado da Silva
Segundo o notório estudioso Antônio Cândido, a literatura deveria constar nos direitos humanos, pois é um bem incompressível e, como tal, se constitui em uma necessidade universal. Com base nessa proposta, em que a leitura de um texto literário contribui para o desenvolvimento humano?
Comentário: A literatura fala a nós, de nós, da humanidade. A literatura, em especial os clássicos, coloca ao alcance do leitor a possibilidade de refletir sobre si, de ler-se e conhecer-se, pois, na medida em que trata das inquietações humanas e descreve o que há de mais profundo e obscuro na alma humana em sua universalidade, é também a mim, a ti e a nós que ela fala. Em outras palavras, a literatura contribui para que conheçamos melhor e mais profundamente o gênero humano e, assim, para nos conhecermos a nós mesmos e nos humanizarmos.
A literatura pode ajudar a que conheçamos melhor os seres humanos e, portanto, a nós mesmo. É preciso, contudo, voltar-se para a vida real, suas contradições limites. Assim, é possível superar tanto o fetiche do livro quanto o humanismo universalizante, porém abstrato. O importante, nesta perspectiva, é manter o olhar crítico, para além da obra e das discussões tão ao gosto de certos intelectuais cujo mundo restringe-se ao umbigo ou à torre de cristal. É preciso perder as ilusões e reconhecer as limitações humanas. Então, a leitura poderá contribuir para o nosso crescimento intelectual e, assim, quem sabe, possamos nos tornar indivíduos mais humanos e melhores. Então, a literatura terá cumprido, efetivamente, sua função educativa.
Portanto, a literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e, sem dúvidas, nos humaniza, fazendo-se assim necessária a todos.
Essa contribuição para o desenvolvimento humano, por meio