O Pós-Colonialismo O pós-colonialismo (ou estudos pós-coloniais como é mais aceito pela crítica) refere-se aos estudos sobre a interação de uma sociedade colonizada com uma nação dominante, geralmente nações europeias, já que por muito tempo as potências europeias mantiveram sobre seus domínios quase todo território do planeta, em diversos aspectos sociais, políticos, culturais, econômicos e ideológicos. A literatura pós-colonial (literaturas pós-coloniais) é aquela onde se encontram as obras posteriores ao processo de descolonização de uma determinada sociedade, e busca resgatar nesta sua originalidade afastando-a da cultura dominante. Embora, para muitos seja impossível uma descolonização sendo uma sociedade uma vez dominada os efeitos desse domínio permaneceriam intrínsecos em sua posteridade. É só notar que nas antigas colônias foram deixadas marcas mesmo após o processo de descolonização, seja na língua, na religião, na literatura (veja o Brasil que até hoje estuda a literatura portuguesa como base à sua) e até mesmo na política. Embora não possa se precisar quando e onde se iniciou a literatura pós-colonial, esta teve bastante influência nas colônias africanas (como Nigéria e Moçambique) a partir da década de 50; já a primeira obra pós-colonial no ocidente foi Orientalismo (1978) de Edward Said, onde foi feita uma analise do ocidente a partir do oriente. Boa parte da chamada literatura pós-colonial foi produzida pelos chamados migrant writers, autores que imigraram para antigas metrópoles (como Londres e Paris), seja por opção profissional, seja por exílio político, ou seja, que foram vitimas da diáspora. Autores como Salman Rushdie, Monica Ali e Zadie Smith passaram a problematizar, em sua literatura, sua condição de subalterno, a partir dessa experiência de viver no espaço do antigo colonizador. As escritas pós-coloniais usam algumas estratégias para tentar o seu possível desraizamento do colonizador como a crioulização da língua europeia, o uso