Os três estágios da literatura pós-colonial
João Eudes Costa Moarais
Prof. Pós-Doc. Sebastião Lopes
Universidade Estadual do Piauí - UESPI
Centro de Ciências Humanas e Letras – CCHL
Especialização em História e Literatura Afro-Brasileira e Africana.
29/08/2009
1. INTRODUÇÃO
Durante este trabalho buscaremos entrar em contato com as inovações existentes no campo da Literatura, analisando as suas mazelas e todos os outros gerenciamentos que vêm sendo empregados neste campo do saber.
Assim, sua organização consistira em uma abordagem dividida em três pontos distintos, sendo estes: Os europeus escrevem sobre outros povos; A utilização da língua e da forma européia de escrever por outros povos; A criação de novas línguas e formas de escrever destes povos.
Portanto trataremos de tal assunto de forma a desvendar os seus pormenores no contexto social em que estão inseridos os seus ideais, sendo eles políticos, econômicos ou sociais.
2. OS EUROPEUS ESCREVEM SOBRE OUTROS POVOS
A partir da linguagem podemos constatar a formação de vários propósitos, podendo eles estar impregnados ou não de ideologia, sendo ela utilizada para intenções políticas e sociais. A articulação e a invenção de retóricas que aludiam ao passado, à cultura e à religião local, permitiram que regras de enunciação da política e da autoridade colonial fossem produzida através de uma linguagem secular e autorizada. Representações e autoridades são investigadas na formação paulatina de um vocabulário e conhecimentos de um determinado povo.
A antropologia como linguagem e instrumento de produção de um conhecimento colonial, constitui não só fonte e recurso auxiliar dessas narrativas, como é responsável pelo estabelecimento de seus pontos de inscrição (Said 1989; Asad 1979). Porém, devemos atentar para a produção cultural que se opera dentro da sociedade que se pretende investigar buscando compreender os seus mecanismos internos e singulares, fato este que não é constatado dentro das produções