Literatura Infantil
Este relatório a pedido da unidade curricular “Literatura infantil ”consiste na análise dos problemas da literatura infantil.
Um dos maiores problemas destacados é na própria definição da literatura infantil, não podendo haver uma definição única, o que é considerado “um bom” livro pode sê-lo no sentido prescrito pela corrente literária/académica dominante, em termos de eficácia para a educação, aquisição de linguagem, socialização ou em algum sentido moral, religioso ou político.
Contudo existe uma ampla discordância quanto á possibilidade de se abordar a literatura infantil da mesma maneira que a literatura adulta. Com refere o autor James Steele Smith “Podemos ainda nos enredar na concepção equivocada de que a literatura infantil envolve os mesmos critérios de excelência que a literatura adulta”. A única diferença entre esse dois tipos de livros é o modo como os infantis devem ser abordados, reflecte o autor Marcus Crouch “Os livros que as crianças lerão são por nós examinados com a ajuda de todos os critérios aplicados aos livros lidos por adultos, e com um único critério adicional – a acessibilidade”.
Outro problema visível são os problemas da escrita de livros para crianças, “o livro infantil apresenta um problema mais difícil, tecnicamente mais interessante (…) A necessidade de compreensão impõe uma obliquidade emocional, um procedimento indirecto na abordagem, que, como a elisão e a afirmação parcial na poesia, muitas vezes é fonte de força estética” afirma Jill Paton Walsh.
A leitura de literatura infantil para o adulto é um processo mais complexo do que ler um livro adulto. Tendo em conta esta afirmação, existem três situações de leitura a ser distinguidas: o adulto que lê um livro destinados a adultos, o adulto que lê um livro destinado a crianças e a criança que lê um livro destinado a crianças. Nas palavras de Patricia Wright “a leitura começa com processos de percepção e atenção que podem resultar da