Princesa Isabel
A fim de prepará-la para seu papel, começou o imperador Pedro II a preocupar-se com a formação da futura imperatriz. Desde cedo, Dom Pedro iniciou entendimentos para dar às filhas uma preceptora. Por indicação da tia das princesas, Francisca de Bragança, a escolhida foi a condessa de Barral, que pode ser considerada o grande amor de Dom Pedro II. A condessa iniciou suas funções em setembro de 1855. Para a educação de Isabel numerosos mestres foram designados, que elaboraram um severo programa de estudos.
Desde a sua infãncia sempre foi muito próxima dos negros,mantinha um diálogo franco e cordial, inclusive nas brincadeiras, que pode vir a explicar sua futura inserção no movimento abolicionista.
E em 1846, a princesa Isabel se casa com Gastão de Orléans, Conde d'Eu, com quem teve três filhos.
Sempre liberal, a princesa uniu-se aos partidários da abolição da escravidão. Apoiou jovens políticos e artistas, embora muitos dos chamados abolicionistas estivessem aliados ao incipiente movimento republicano. Financiava a alforria de ex-escravos com seu próprio dinheiro e apoiava a comunidade do Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas, símbolo do abolicionismo. Chegava mesmo a receber fugitivos em sua residência em Petrópolis.
Aos 25 anos, D. Isabel tornou-se a primeira senadora do Brasil, há que se notar que foi a única a desfrutar desse dispositivo constitucional. Após assumir a regência do império pela terceira vez, a princesa aliou-se ao movimento popular, demonstrando determinação política e convicção do que considerava o melhor para o País, pois o Brasil foi a última Nação do ocidente a abolir a escravidão.
Mesmo advertida pelo marido, assinou a Lei Áurea, afinal, a escravidão, que tanto envergonhara a raça humana no Brasil, já durava, em