Literatura Infantil nas Escolas
CURSO DE LITERATURA INFANTIL
As Facetas da Literatura Infantil e Juvenil no Mundo Moderno
A disciplina “Literatura Infantil” ainda passa por diversas discussões entre estudiosos quanto a sua necessidade de ser passada para os cursos de Letras e Pedagogia – o que resulta em dificuldades de produção e distribuição de livros teóricos sobre o assunto no Brasil. Diretamente relacionado a esse problema, entra a questão quanto os livros infantis e infanto-juvenis em si: muitos deles ainda são escritos e passados para crianças como uma forma de transferir valores culturais, ao contrário de estimular a criatividade e a reflexão. A grande deficiência no mercado nacional de livros juvenis vem do fato de que muitos deles resultam de obras traduzidas ou de releituras de grandes clássicos adultos.
A Literatura Infantil escrita iniciou-se em meados do século XVII, com os contos “Cinderela”, “O Barba Azul”, “O Gato de Botas” e outros títulos de Perrault; contudo, a maioria das histórias é anterior a isso: antes do século XVII haviam poucos livros escritos, portanto, grande parte da literatura era transmitida através da oralidade. Logo após a adoção definitiva da obra escrita, surgiram outros nomes como Andersen, Grimm e Carrol. No Brasil, pode-se afirmar que o início da Literatura Infantil se deu com o conto “O Patinho Feio”, de Andersen, no século XX – contudo, a Literatura nacional é marcada por Monteiro Lobato, com seu livro de estréia, “A Menina do Narizinho Arrebitado”, em 1920.
Assim como em obras consideradas “adultas”, as infantis possuem os mesmos elementos de construção – narradores, cenários constituídos por espaço-tempo, conflitos, clímax e resoluções –, e ainda são tidas como “literaturas inferiores”. Através de interações com o fantástico e o simbólico, as crianças desenvolvem habilidades de compreensão de textos e visão mais abrangente das situações de seu cotidiano; dessa forma, a Literatura Infantil não pode ser tida apenas como