Linha do tempo: ideal de beleza
Os domínios de saber são formados a partir de práticas sociais, de modo que, é a todo instante edificado e reedificado pela história. Ora, o saber é um invento do homem e de sua sociedade, a verdade não é autêntica, não possui uma origem natural, é artificial/socialmente produzida. O domínio do saber nasce das práticas sociais, modifica-se devido às mudanças nelas e as modifica por conduzir praticas. Neste sentido, em “A verdade e as formas jurídicas”, Foucault refere-se a Nietzsche: “Nietzsche quer dizer que não há uma natureza do conhecimento, uma essência do conhecimento, condições universais para o conhecimento, mas que o conhecimento é, cada vez, o resultado histórico e pontual de condições que não são da ordem do conhecimento.”. (FOUCAULT, 2002, p.24). O objeto de conhecimento é o existente físico, e o conhecimento é construído pelo sujeito que busca conhecer. As condições de experiência não são compatíveis às condições do objeto de experiência. O conhecimento humano não pode captar o objeto em si, pois “o conhecimento não tem relações de afinidade com o mundo a conhecer.”. (IDEM, pp.18-19).
O saber é fabricado pelo homem (histórico/socialmente) e agrega valor dentro da historicidade em que surgiu. Porém, conforme a sociedade se modifica, os saberes e as atribuições de verdade se alteram. Para que um saber possibilite alguma relação de poder é necessário que o saber passe por uma espécie de filtragem, onde ele será taxado como verdadeiro ou falso. A verdade está em conformidade com a realidade histórico-social em que se encontra. Assim, o saber é produzido pelo homem e a sua validade é estabelecida também por ele.
O ideal de beleza é um modelo de perfeição ou excelência (que só existe na imaginação), ou seja, é uma imagem ou um saber/verdade fabricado e atribuído socialmente do caráter de “ideal”. O ideal, por sua vez, seria tudo aquilo que possui, em grau superlativo, as qualidades positivas de sua espécie ou que se