Cirurgia Plástica e Psicossomática
Segundo Pimentel (2008), no mundo contemporâneo o que conta é a aparência. As imagens de corpos expostos constantemente nas mídias de comunicação em massa assume forma padronizada vigente e o lugar de objeto de desejo. Portanto atualmente ser gordo, ter celulite, estrias ou rugas significa o não pertencimento social e concomitantemente um distanciamento da felicidade e prazer idealizado.
Pimentel (2008) apoiada nas ideias de Maia (1998) afirma que a fascinação da imagem desmorona a privacidade da mente e anula espaços do pensar sem requerer ou prover inteligibilidade. Em uma busca brutal pelo corpo perfeito, pessoas são levadas de forma hipnótica a se identificar e idealizar algum inexistente.
Para a autora graças a recursos tecnológicos e cirúrgicos aliados aos da bioengenharia, a medicina avançou consideravelmente, ao ponto de ser capaz de fazer intervenções estéticas nunca antes imaginadas. São muitas as ofertas para a mulher parecer diferente, mais bonita, sexualmente mais desejável e ilusoriamente perfeita. Hoje é possível mudar a cor dos olhos, aumentar ou diminuir partes do corpo, como seios lábios e até vulva.
Para ela a mídia imperativa entra em consonância com escolhas narcísicas. Zimerman (1999, p. 186) Define narcisismo como: “um estado mental, designa um ponto de vista, uma perspectiva, uma forma de o sujeito visualizar a si mesmo, aos outros e ao mundo que o cerca. Esse vértice de visualização – que varia com as diferentes posições que a pessoa adota diante do que está sendo observado, pensado e sentido - determina a forma de o sujeito ser e de comportar-se na vida [...], a partir do grau de determinação entre o “eu” e o “não-eu”, ou seja, entre o sujeito e os outros.”
O consumo estimulado pela propaganda transforma-se em um desejo incontrolável pelo objeto. Em um contexto de corpos e mentes vazias, o marketing se torna um impulsionador, articulando-se com o consumo e a produção de