Desenho
“ Como se explica que quase todos os homens estejam de acordo em que existe um belo; que entre eles tantos haja que o sentem vivamente, e que tão poucos saibam o que é?”
Diderot (filósofo francês, séc. XVIII)
O BELO
Nenhuma sociedade, em qualquer época histórica, foi isenta de preocupações relativamente à beleza. O termo belo emprega-se em aceções diversas e a realidades diferentes. Aplica-se a: - objectos produzidos pelo homem; - aspectos da natureza; - acções e sentimentos humanos; - próprio homem Qual o denominador comum??
SÓCRATES (470-399 a.C.)
A beleza em si não existe, sem estar associada ao útil. É belo o que é útil e só o é enquanto útil. “É pelo peso ou pela medida que as tuas couraças valem? Desde que uma couraça assente bem, é de bela proporção”.
PLATÃO (427 - 347 a.C.)
Nas diferentes obras encontramos 3 tipo de beleza:
1- a beleza dos corpos: esta é uma forma de beleza inferior; 2- a beleza das almas: é na virtude que a beleza verdadeira se manifesta; 3- a beleza em si: a perfeição, o belo que não existe no mundo terrestre. O inatingível, do qual nos devemos aproximar o mais possível.
“Em todas as coisas, a medida e a proporção constituem a beleza e a virtude” A beleza suprema está ligada à ideia do VERDADEIRO e do BEM
ARISTÓTELES (384 - 322 a.C.)
Na sua obra encontramos 2 formas de beleza: o belo moral: uma estética do bem; tudo o que se produz na natureza e na arte só tem um fim - o bem; o ideal está no homem o belo formal: a função da arte será a recriação do ser através da mimesis; a perfeição da imitação;
“As formas supremas do belo são a conformidade com as leis, a simetria e a determinação...” “O belo consiste na ordem e na grandeza”
CÂNONE
A procura da perfeição na arte (ideal de beleza), levou a que diferentes civlizações/artistas, em diferentes períodos históricos, procurassem uma “norma” a aplicar nas suas representações, independentemente da forma de expressão/suporte utilizado.