linguística
Os modelos funcionalistas
Há uma grande problematização em torno do termo Funcionalismo e isso faz com que ele seja muito discutido. Aqui, levaremos em consideração os três tipos de funcionalismos discutidos por Nichols: o conservador (que é uma crítica ao formalismo e ao estruturalismo); o moderado (que visa uma análise funcionalista da estrutura) e o extremado (que não considera a estrutura e nem as restrições sintáticas, mas sim, defende a função como a base da regra). Este trabalho se baseará na concepção do funcionalismo moderado, já que é nele que se enquadra as considerações discutidas.
Os diferentes funcionalismos
Uma das vertentes do funcionalismo se baseia na concepção de Michael A.K. Halliday, que consiste em um modelo sistêmico-funcional.Para ele, a língua se condiciona em uma rede sistêmica através dos eixos paradigmáticos e sintagmáticos.No primeiro estão os traços, ou seja, as possibilidades da língua enquanto que no segundo estão as funções, que por sua vez correspondem às escolhas dessas possibilidades.
Assim, para Halliday o eixo paradigmático possui relevante importância pois são nos traços que estão ao mesmo tempo o “significado formal e [o] significado semântico” (MARTIN apud NEVES,p.60,1997) e que determinam então a escolha, consciente ou inconsciente do falante.
Considerando esse funcionalismo adotado por Halliday, as diferentes redes sistêmicas produzem significados diversos que originam diferentes funções da linguagem, que não se excluem, mas sim, se inter-relacionam. São elas:
Função ideacional: é aquela que transitivamente exprime as experiências do mundo exterior e interior, dando ênfase ao que vai ser contado.
Função interpessoal: é aquela que estabelece relações de modo entre membros da sociedade, nela o que importa é o modo que se fala, como se fala, determinando, por exemplo, através da entonação, se uma frase é interrogativa, declarativa, exclamativa e etc.
Função textual: é aquela que organiza a