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Com a tomada de Constantinopla pelos turcos no início da Idade Moderna, os europeus buscam outro caminho para chegar até o Oriente além do Mar do Mediterrâneo. Com o espírito Mercantilista, os países ibéricos (Portugal e Espanha) foram os pioneiros nesta corrida marítima pelo Oceano Atlântico. Descobriram novos continentes e chegaram ao Oriente, levando homens para conquistar e ocupar outros povos pela guerra e pela catequização, aumentando suas riquezas, pelas grandes quantidades de matéria-prima e mão-de-obra, e pela criação de um novo mercado consumidor.
A disputa por terras a serem dominadas pelos europeus e portugueses se dá com a chegada dos europeus a América.
O Papa Alexandre VI sancionou em 1493 a bula Inter Cetera, favorável aos interesses espanhóis, com a seguinte condição: que eles levassem ao Novo Mundo missionários, com o objetivo de difundir a fé católica aos habitantes da terra.
Já dispostos a propagarem a fé cristã além mar, os jesuítas partem para a América. Chegam ao Brasil no ano de 1549, acompanhando o primeiro Governador-Geral, Tomé de Souza. Somente em 1566 o Conselho das Índias autoriza a Companhia de Jesus a vinda de seus integrantes à América espanhola, que chegam a Lima em 1568, dedicando-se ao ensino.
Em 1607 foi fundada a Província do Paraguai, que seria ocupada pelos membros da Companhia de Jesus até 1768. Entre 1609 a 1706 os inacianos fundaram as chamadas “Missões Jesuíticas do Paraguai” ou os “Trinta Povos das Missões”, estendendo-se do Guairá, no Paraná, ao sul do Mato Grosso do Sul, Paraguai, nordeste da Argentina e Rio Grande do Sul e Uruguai.
Na América os jesuítas, foram importantes para os interesses das colônias ibéricas, onde ocuparam territórios, ampliaram e defenderam suas fronteiras, divulgaram a cultura cristã ocidental, fizeram do indígena um novo ser “pacificado”, e exerceram grande poder tutelar.