Linguagem e persuasão
INFORMAÇÃO SEM PERSUASÃO?
A persuasão existe, mesmo que seja construída de forma sutil.
Existem diferentes graus de persuasão: alguns mais ou menos visíveis, outros mais ou menos mascarados.
É muito difícil rastrearmos organizações discursivas que escapem à persuasão. Entender um pouco da historia da persuasão, bem como revelar certos mecanismos persuasivos no interior do discurso verbal vai nos ajudar a compreender melhor certas técnicas de convencimento verbal, permitindo desta forma reflexões sobre discursos de outra natureza.
SIGNOS E PERSUASÃO
A natureza do signo linguístico:
Para verificar como ocorre a construção do discurso persuasivo, é necessário reconhecer a organização e a natureza formadora dos signos linguísticos. É da inter-relação dos signos que se produz a frase, o período, o texto, logo, a matéria-prima voltada à montagem das estratégias discursivas do convencimento.
Todo signo possui dupla face: o significante e o significado.
O significante é a sua realidade material ou a imagem acústica.
O significado é o aspecto imaterial, conceitual, nos remete a determinada representação mental evocada pelo significante.
Significante + Significado= Significação:
O signo é sempre arbitrário, representativo e simbólico.
Arbitrário, porém necessário:
A relação entre palavras e coisas não está apenas determinada pela arbitrariedade, MS também pela necessidade. As circunstâncias históricas, o mundo concreto, as variáveis culturais, os anseios espirituais, ao longo de seus processos de desenvolvimento, foram requisitando a nomeação dos objetos. O homem precisa nomear e o faz arbitrariamente, criando o símbolo a que chamamos de signo verbal ou palavra.
O desejo de comunicar determinadas idéias, a vontade de dizer coisas aos outros e o efetivo ato de dizer, o movimento em direção à construção do texto e sua construção fica mediado por essa unidade que se chama signo. O modo de articulá-lo, organizá-lo, poderá direcionar o