Falar em persuasão, tem que se retomar a uma tradição do discurso clássico. A recuperação do espaço cultural e lingüístico do mundo clássico. O domínio da expressão verbal nasceu entre os gregos, com a tradição dos sofistas que iam às praças públicas, aos foros, tentando mudar conceitos pré-formados, pontos de vista; Demóstenes, Quintilhano, Górgias foram alguns desses nomes que ficaram conhecidos pela habilidade em se argumentarem. Os gregos se preocupavam com relação ao discurso, o problema não era apenas o de falar, mas fazê-lo de modo convincente e elegante. Então criou-se a retórica, começa a estudar a linguagem não enquanto língua, mas enquanto discurso. Cabe à retórica organizar as palavras visando a convencer o receptor acerca de dada verdade. Os pensadores grupos de Sócrates a Platão escreveram sobre o assunto, mas é Aristóteles que vai analisar sua estrutura e funcionamento. A retórica para Aristóteles, tem algo de ciência, caberia à retórica não assumir uma atitude ética, seu objetivo não é saber se algo é verdadeiro, mas sim analítica. Ao longo da Arte retórica, vão sendo revelados quais são as regras gerais a serem aplicadas nos discursos persuasivos. A estrutura de um texto para Aristóteles está dividida em quatro instancias: o exórdio que é o começo do discurso; a narração é propriamente o assunto, onde os fatos e os eventos são indicados; provas, se o discurso haverá que ser persuasivo, é necessário comprovar aquilo que se está dizendo; peroração é a conclusão do texto. Em cada uma dessas fazes há uma série de subdivisões, propostas de encaminhamento dos argumentos, modos de tornar o discurso mais agradável. Quando colocamos as relações entre retórica e persuasão que não estava em causa saber até onde o ato de convencer se revestia de verdade, quem persuade leva o outro à aceitação de uma certa idéia. Para se verificar a construção do discurso persuasivo, é necessário reconhecer a organização e a natureza dos signos lingüísticos. Segundo