Linguagem e persuasão
Fabiana Maria Moura (UERN) Paulo Ricardo Ferreira da Silva (UERN) Washington Freitas Dantas (UERN)
Resumo: Neste trabalho, pretendemos abordar a questão da argumentação no discurso literário, tendo por referencial teórico proposições do autor Adilson Citelli (2007). Analisamos o poema Cortar o Tempo de Carlos Drummond de Andrade. Após a análise que realizamos nesse trabalho, chegamos à conclusão de que o exemplo analisado apresenta plurissignificação, conforme propõe Citelli. Porém, diferentemente do que propõe o teórico, nosso exemplo não mostrou “um menor grau de persuasão” (CITELII, 2007, p.48), pois esse poema, como qualquer texto, busca sempre passar sua mensagem, sempre de modo convincente e muito persuasivo.
1. Introdução
Abordaremos a definição do que é argumentar; com base na proposição de Abreu (2001, p.?) de que “argumentar é arte de convencer e persuadir”:
Convencer é saber gerenciar informação, é falar para com a razão do outro, demostrando ou provando que seu ponto de vista é etimologicamente “correto”. Significa vencer junto com o outro. Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro. A origem dessa palavra está ligada a preposição per (por meio de), que era usada pela deusa romana da persuasão. Ou seja, “fazer algo por meio de auxílio divino”. Sendo assim, convencer se diferencia de persuadir? Convencer é construir algo no campo das ideias. Quando se convence alguém, a mesma passa a pensar como a pessoa que á convenceu. Persuadir é construir no terreno das emoções uma sensibilização, do