Linguagem e persuasao

A revista americana Newsweek anunciava em cartazes publicitários colocados em pontos de vendas, como aquela que não persuadia, mas informava. A idéia passada pela própria revista era de que não persuade já que nos passa a idéia de que é um veículo que se utiliza de recurso que é marcado pela correção e honestidade, pelo o qual se difere dos outros, e que o leitor pode realmente confiar. Nesse caso, a forma de persuasão é mínima e está baseada na comparação com as outras revistas. Isso mostra que em alguns casos é quase imperceptível o uso da persuasão, ao contrário da maioria que tende a passar isso de forma explícita. Dificilmente haverá informação sem persuasão. É muito difícil encontrarmos discursos que fogem a persuasão, pois a maneira de interpretação do receptor é dirigida por um emissor.

Tradição Retórica
Persuasão implica retomar certa tradição do discurso clássico, onde muitas informações são lidas marcando os estudos da linguagem. A preocupação com o domínio do mundo verbal nasceu entre os gregos uma vez que se torna necessário a recuperação do espaço cultural e lingüístico. Os gregos se expunham muito publicamente, pois praticavam seus conceitos na democracia, através do uso de seus argumentos. Demóstenes, Ouintiliano, Górgias, foram alguns desses nomes que ficaram célebres pela habilidade com que encaminhavam suas lógicas argumentativas. A retórica tornou-se sinônimo de recursos, embelezando o discurso, ganhando até certo tom pejorativo.

A retórica foi, porém, transformando-se em mero sinônimo de recursos embelezadores do discurso, ganhando até um certo tom pejorativo. Um pouco desta postura se deve a certas visões da retórica, como as desenvolvidas no século XVIII e XIX, para quem já não se tratava mais de uma questão de método compositivo, mas sim de buscar o melhor enfeite, a palavra mais bela, a figura inusual, a expressão inusitada, à moda do ideário estético dos parnasianos. Em nossos dias os estudos retóricos passaram a