Linguagem, pensamento e consciência
O pensamento no ser humano é uma das atividades mentais mais complexas e depende da atenção, da percepção e da memória. Considerando a relação entre pensamento e linguagem se você não consegue pensar, não consegue dominar um idioma, pois a linguagem influencia o pensamento, mas o pensamento não requer a linguagem da forma pela qual a linguagem requer o pensamento.
Freud propõe que a palavra é a unidade funcional da linguagem, é um complexo constituído por um intrincado processo de associações, no qual estão presentes quatro elementos: a "imagem acústica", a "imagem visual da letra", a "imagem cinestésica da fala" ou "imagem glossocinestésica" e a "imagem cinestésica da escrita" ou "imagem quirocinestésica". O primeiro passo na aprendizagem da fala, ou seja, na constituição da representação de palavra, consiste em associar a imagem acústica, resultante da fala de outra pessoa, a uma imagem cinestésica, resultante da nossa própria fala.
A fala seria, então, aperfeiçoada através de uma tentativa de aproximar e fazer coincidir essas duas imagens acústicas. A imagem visual da palavra e a imagem cinestésica da escrita são acrescentadas ao complexo associativo, posteriormente, com a aprendizagem da leitura e da escrita. Na aquisição da linguagem, cada novo elemento que é acrescentado ao complexo associativo provoca uma reorganização das associações que o compõem, pois a aprendizagem, segundo o que Freud propõe, se dá por um processo de "sobreassociação". Com isso, ele quer dizer que a associação não é um processo mecânico, pois cada nova associação que se estabelece modifica a significação funcional das conexões anteriormente constituídas.
Então, a representação de palavra é um complexo associativo fechado que, pelo menos no caso dos substantivos, adquire significado a partir da sua associação com uma representação de objeto. Mas como a representação de objeto adquire significado? Freud não se detém sobre esse ponto, mas no