comunicação social
Fonte: www.fae.unicamp.br/br2000/trabs/2330.doc
Subjetividade e constituição do sujeito em Vygotsky - Susana Inês Molon, Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
No texto "Os métodos de investigação reflexológicos e psicológicos" (1924,1926, 1996a) a consciência é entendida como um entrelaçamento de sistemas de reflexos, ou seja, a consciência enquanto um mecanismo que suporta um sistema de reflexos. Mas, a consciência não se confunde com o reflexo, não é um reflexo e nem um excitante, mas sim o mecanismo de transmissão entre sistemas de reflexos.
Vygotsky tentava sair do círculo reducionista das Psicologias objetivistas do comportamento (Reflexologia, Reactologia, pavlovismo), porém, sem cair na armadilha do subjetivismo e do idealismo.
Vygotsky já anunciava a origem social da consciência, ressaltando a importância da linguagem como constituinte da consciência. Vygotsky deixou claro que os fenômenos subjetivos (pensamento, emoção, consciência, imagens internas, sonhos etc) não existem por si mesmos e nem afastados da dimensão espaço-temporal e de suas causas. Defendeu a unidade da psique e do comportamento.
Nesta discussão, Vygotsky apresentava sua concepção do eu. O eu se constrói na relação com o outro, em um sistema de reflexos reversíveis, em que a palavra desempenha a função de contato social, ao mesmo tempo em que é constituinte do comportamento social e da consciência.
A relação constitutiva Eu-Outro enquanto conhecimento do eu e do outro (eu alheio) e do autoconhecimento e reconhecimento do outro são vistos como mecanismos idênticos, isto é, temos consciência de nós porque temos dos demais, porque nós somos para nós o mesmo que os demais são para nós, nos reconhecemos quando somos outros para nós mesmos.
Nessa concepção, o sujeito não é reflexo, não é comportamento observável, nem reações não manifestadas e nem o