linguagem Jurídica e Juridiquês
O Juridiquês, ou seja, o excesso do uso de termos técnicos e formalismos na área Jurídica prejudicam cada vez mais o acesso ao Judiciário brasileiro. Apesar da evolução da língua portuguesa, ao longo dos séculos, nota-se que a linguagem Jurídica parou no tempo, ainda fazendo uso de palavras e termos que caíram em desuso há mais de um século. Existe hoje, um grande acúmulo de processos nos Fóruns, onde uma das causas pode ser dada ao difícil entendimento da linguagem. Pois muitas vezes, até mesmo entre os profissionais de Direito, a Juridiquês causa falta de entendimento. A população hoje está mais ativa no que diz respeito ao andamento dos processos e, devido à esse fato, o Juridiquês apenas atrapalha a vida do cidadão, fazendo com que o judiciário se afaste substancialmente da população. Porém, o advogado, o juiz e o promotor têm que se comunicar com as pessoas, e para tal, precisa ser usada uma linguagem clara e objetiva. Mas isso não quer dizer que o Judiciário tem que fazer uso de linguagem coloquial, pois o Direito tem sua linguagem formal e técnica. Porém pode se fazer uso de uma linguagem formal e atual, sem deixar que isso atrapalhe a comunicação entre o Judiciário e o Cidadão. Os cursos de Direito, desde os primeiros períodos, se preocupam em instruir seus alunos para terem um amplo domínio da língua. Contudo, o uso do bom senso deve imperar no discurso Jurídico, devemos fazer uso da língua para nos comunicarmos bem com as pessoas. As faculdades de Direito têm um papel fundamental na formação dos novos Juristas, para que seja formada uma nova geração de advogados, promotores e juízes que eliminem a prática da Juridiquês.