Linearidade no ensino de História
FONTANA I LAZARO, Josep. História análise do passado e projeto social; Tradução Luiz Roncari. EDUSC: 1998. Cap.7.
RIOS, Kênia Sousa. Coisas do amor: memórias de uma exposição no Museu do Ceará. Fortaleza: Museu do Ceará: Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, 2005. 64p.
Ensino da História de forma linear. Uma questão a ser discutida e trabalhada. Mas para quê? A fim de modifica-lo (o ensino linear da História)? Ao longo das experiências de diversos historiadores contemporâneos e através de estudos recentes, podemos afirmar com segurança de que o ensino da História linear (e porque não dizer também teleológica), influenciada em boa parte pelo positivismo historiográfico (análise e disposição cronológica das fontes, sem interpretação criteriosa) é algo perigoso à uma compreensão mais ampla do sentido da História. É o ensino de uma linha de evolução, onde o tempo anterior ao subsequente seria inferior historicamente, passando a ideia de evolução positiva da História, diretamente proporcional ao tempo que avança.
Ora, sabemos que enquanto Florença despertava para o recorte temporal que ainda é denominado “renascimento”, parte da Europa ocidental vivia ainda numa configuração medieval. O renascimento não se deu em um ou dois séculos. Tamanhas modificações na configuração do mundo ocidental não acontecem da noite para o dia, a ponto de serem colocados em cima de uma linha, simplesmente extinguindo práticas e costumes medievais e trocando tudo por um novo tipo de pensamento “mais evoluído”. E como fazer com que o jovem aluno – e mesmo o adulto, que hoje tem oportunidade de estudar História (talvez pela primeira vez na vida), entenda algo tão complexo, visto que o tempo curricular a um ensino adequado ainda é insuficiente? Além de tudo, como chamar a atenção para essa imensa demanda de conhecimento e fazer uma ponte, que o liga aos dias atuais, à realidade de quem aprende? Diante dos estudos e recentes