Liderança situacional
Conceitos
Paul Hersey e Ken Blanchard desenvolveram um modelo de liderança que vem conquistando seguidores entre diversos especialistas em desenvolvimento da Administração. Esse modelo chamado de teoria da liderança situacional, foi incorporado aos programas de treinamento de liderança de mais de 400 das 500 empresas listadas pela revista Fortune. Seus elementos básicos vêm sendo ensinados a mais de um milhão de executivos por ano nas mais variadas organizações.
Essa é uma teoria contingencial que centra seu foco sobre os liderados. A liderança bem-sucedida é alcançada pela escolha do estilo adequado, que Hersey e Blanchard argumentam ser contingente ao nível de prontidão dos liderados.
A teoria da liderança situacional percebe a relação líder-liderados de maneira análoga àquela existente entre pais e filhos. Da mesma forma que os pais devem reduzir o controle sobre os filhos quando estes se tornam mais maduros e responsáveis, o mesmo deve ser feito pelo líder. Hersey e Blanchard identificam quatro comportamentos específicos de líderes – do estilo mais diretivo ao mais laissez-faire.
A teoria da liderança situacional tem um apelo intuitivo. Ela reconhece a importância dos liderados e se baseia na lógica de que os lideres podem compensar as limitações motivacionais e de capacitação de seus seguidores. No entanto, os esforços feitos para testar e corroborar essa teoria foram, de modo geral, decepcionantes. Existem algumas explicações possíveis que são as ambiguidades e inconsistências internas do próprio modelo, bem como problemas com a metodologia de pesquisa para os testes da teoria. Portanto, apesar de seu apelo intuitivo e da ampla popularidade, qualquer engajamento entusiasmado deve ser evitado, pelo menos por enquanto.
Por que o enfoque nos liderados? O que eles querem dizer com prontidão?
A ênfase nos liderados, no que se refere à eficácia da liderança, reflete a realidade de que são eles que aceitam, ou não, um líder.