Lideranca
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Questões: 5,0. Dissertação: 5,0. Total: 10,0.
ENTREVISTA COM JACOB NEEDLEMAN
O dinheiro reflete nossa imaginação, nossos desejos, necessidades e temores. Ele é nossa principal tecnologia social, por meio da qual vivemos hoje. Se somos sugestionáveis e vulneráveis ao que dizem e pensam os outros, o dinheiro espelhará isto. A angústia que sentimos em relação ao dinheiro é reflexo da angústia que sentimos em relação a nós mesmos. O dinheiro foi inventado para facilitar trocas entre as pessoas. O detalhe é que muitas coisas que não podiam ser medidas em termos monetários hoje têm preço. É o caso do cuidado com os filhos. As pessoas saem para trabalhar e deixam os filhos com profissionais. O dinheiro virou instrumento para aferir até nosso amor-próprio. Aqui nos Estados Unidos dizemos: “Quanto vale essa pessoa?” Há algum tempo, isso seria loucura. O dinheiro por si mesmo não proporciona felicidade. Ele dá prazer, alguma sensação de segurança. Mas, com o passar do tempo, percebe-se que ele não alimenta nossa mente. Temos de tratá-lo como um meio, não como um fim. Mas, para isso, temos de ter um objetivo. Só somos felizes quando a vida tem significado. Transformar o dinheiro em nosso único objetivo é como comer comida com gosto de plástico. As pessoas procuram algo que confira um significado a suas vidas. E muitas das coisas que antigamente se acreditava trazer felicidade perderam poder: religião, espiritualismo, filosofia ou mesmo arte. Todos precisamos de dinheiro, assim como de ar, de alimentos e convívio social. Sim, porque ninguém pode se mudar para uma floresta e viver sozinho. As forças da cultura são fortes demais. Não podemos simplesmente abandonar a sociedade, nem abrir mão do que temos, da tecnologia. Primeiro, teríamos de descobrir outras pessoas que sintam a mesma angústia. Juntos, teríamos de