Licao2
Helge Kåre Fauskanger
(helge.fauskanger@nor.uib.no)
Tradução
Gabriel “Tilion” Oliva Brum
(tilion@terra.com.br)
LIÇÃO DOIS
Substantivos. Plural. O artigo.
O SUBSTANTIVO
Palavras que denotam coisas, em oposição a, por exemplo, ações, são chamadas substantivos. As “coisas” em questão podem ser inanimadas (como “pedra”), animadas
(como “pessoa”, “mulher”, “menino”), naturais (como “árvore”), artificiais (como “ponte, casa”), concretas (como “pedra” novamente) ou completamente abstratas (como “ódio”).
Nomes de pessoas, como “Pedro” ou “Maria”, também são considerados substantivos.
Algumas vezes um substantivo pode denotar não apenas um objeto ou pessoa claramente distintos, mas também uma substância inteira (como “ouro” ou “água”). Logo, há muito a ser incluído.
Na maioria das línguas, um substantivo pode ser flexionado, isto é, ele aparece em várias formas para modificar seu significado, ou para encaixá-lo em um contexto gramatical específico. Começando com um substantivo como árvore, e querendo deixar claro que você está falando sobre mais de uma única árvore, você modifica a palavra para sua forma plural ao adicionar a desinência de plural -s para formar árvores. No português, um substantivo possui apenas duas formas: singular e plural.
Um substantivo em quenya, por outro lado, possui centenas de formas diferentes.
Ele pode receber desinências não apenas para o plural, além de desinências denotando um par de coisas, mas também desinências expressando significados que em português seriam denotados colocando-se pequenas palavras como “para, em/sobre, de, com” etc. na frente do substantivo. Por fim, um substantivo em quenya também pode receber desinências denotando a quem ele pertence, como -rya- “dela/sua” em máryat “suas mãos” no
Namárië (o -t final, a propósito, é uma das desinências que denotam um par de alguma coisa – neste caso, um par natural de mãos).
Tendo lido o citado acima, o estudante não deve sucumbir à idéia de que o quenya é um idioma