Licao7
Helge Kåre Fauskanger
(helge.fauskanger@nor.uib.no)
Tradução
Gabriel “Tilion” Oliva Brum
(tilion@terra.com.br)
LIÇÃO SETE
Futuro e Aoristo
O TEMPO FUTURO
Nesta lição introduziremos dois novos tempos do verbo, o futuro e o aoristo. Teremos que usar vários parágrafos para tentar definir a função do último, mas a função do futuro é fácil o suficiente de se captar: este tempo é usado com referência à ações futuras.
O português (ao contrário do inglês) possui formas distintas de futuro. Tolkien evitou as características assimétricas existentes no inglês (com o futuro formado por verbos auxiliares como “shall” ou “will”). Idiomas como quenya e sindarin possuem verdadeiras formas de futuro do verbo. Por exemplo, o futuro do verbo hir- “encontrar” aparece próximo do final Namárië, na frase nai elyë hiruva, “talvez tu mesmo hajas de encontrála”. O exemplo hiruva “hajas de encontrar” inclui o que parece ser o indicador de futuro – possivelmente universal – normal do quenya: a desinência -uva. Este modelo é confirmado pelo poema Markirya, que inclui os exemplos cenuva “considerará”, tiruva “observará” e hlaruva “escutará” (verbos cen- “ver, contemplar, considerar”, tir- “observar, guardar”, hlar- “escutar”). No LR: 63, Tolkien traduz o verbo queluva como “faltar”, mas este é apenas um exemplo do “presente” ou não-pretérito do inglês abrangendo também o futuro.
O contexto claramente indica que a ação verbal em questão pertence ao futuro: Man tárë antáva nin Ilúvatar, Ilúvatar, enyárë tar i tyel írë Anarinya queluva? “O que me dará
Ilúvatar, ó Ilúvatar, naquele dia além do fim, quando meu Sol me faltar?”
Os exemplos registrados até agora exemplificam apenas o futuro de verbos
“primários” ou sem desinência. Parece que a desinência -uva também é usada no caso dos verbos radicais A mais numerosos que, entretanto, perdem seu -a final antes que a desinência de futuro seja adicionada (com uma exceção; ver nota abaixo). Em uma fonte pós-SdA, o futuro do verbo linda-