Licao12
Helge Kåre Fauskanger
(helge.fauskanger@nor.uib.no)
Tradução
Gabriel “Tilion” Oliva Brum
(tilion@terra.com.br)
LIÇÃO DOZE
O caso possessivo-adjetivo.
Substantivos verbais ou abstratos e como eles interagem com os casos genitivo e possessivo.
Esta lição é dedicada principalmente a um caso que por sua função de muitas maneiras complementa o caso genitivo. Mas em primeiro lugar, deixe-me dizer que não há resposta fácil para a questão sobre como este caso deve ser chamado. Tolkien o registrou na Carta
Plotz, mas não lhe deu um nome. O caso em -o ou -on que tratamos na lição anterior é referido simplesmente como o “genitivo” em várias fontes. Mas em WJ:369, Tolkien se refere às formas em -o(n) como “genitivos partitivos-derivativos”, enquanto que o outro caso que discutiremos agora é chamado “[genitivo] possessivo-adjetivo”. Na página anterior, ele observou com respeito ao caso com a desinência -o(n) que “apropriadamente ele era usado partitivamente, ou para descrever a fonte ou origem, e não como um
‘possessivo’ ” (ênfase adicionada). O contexto indica que o outro caso que ele continuou a descrever é usado como um “possessivo”. Então, simplesmente para ter uma designação adequada deste caso, adotarei a palavra possessivo como seu nome. (Outro termo plausível é “caso adjetivo”, que também é usado por alguns estudantes.)
O POSSESSIVO
Por sua função, este caso – em vez do caso em -o(n) que Tolkien geralmente chama de
“genitivo” ao discutir a gramática do quenya – corresponde melhor ao genitivo português em de.
O caso possessivo é formado ao se adicionar a desinência -va; ex: Eldava como a forma possessiva de Elda. No caso de um substantivo que termine em uma consoante, a desinência assume, ao invés disso, a forma -wa. A hipótese de que a desinência -va aparece na forma variante -wa depois de consoantes também é sustentada por este fato: o sufixo -va é em origem uma mera desinência adjetiva, também encontrada em alguns adjetivos comuns, e em tais casos