Licao17
Helge Kåre Fauskanger
(helge.fauskanger@nor.uib.no)
Tradução
Gabriel “Tilion” Oliva Brum
(tilion@terra.com.br)
LIÇÃO DEZESSETE
Os demonstrativos: sina, tan(y)a, enta, yana. Declinando a
“última palavra declinável”. Substantivos radicais U. Números ordinais em -ëa.
DEMONSTRATIVOS DO QUENYA
“Demonstrativos” são palavras como as portuguesas este ou aquele, com as formas plurais correspondentes estes e aqueles. Assim, temos um significado mais forte do que o dos simples artigos o(s), a(s) (apesar de que, nos idiomas do mundo, muitos artigos definidos descendem de demonstrativos mais antigos que com o uso tiveram seus significados diluídos). Os demonstrativos podem ser usados junto com substantivos, produzindo expressões como “esta casa” ou “aquele homem”.
No quenya no estilo do SdA, temos apenas um demonstrativo atestado em um texto concreto: o Juramento de Cirion começa com as palavras vanda sina, traduzidas “este juramento”. A ordem das palavras em quenya na verdade é “juramento este”, sina sendo a palavra para “este”: a raiz SI- tem a ver com a posição atual no tempo ou espaço (cf. palavras como sí “agora” ou sinomë “neste lugar” = “aqui”, a última vindo da Declaração de Elendil no SdA).
Uma palavra para “aquele” aparece como tanya em um antigo texto em “qenya” publicado em MC: 215, que possui tanya wende para “aquela donzela”. Aqui, a ordem das palavras está no “estilo do português”, com o demonstrativo primeiro e o substantivo que ele qualifica sucedendo-o – o oposto da ordem de palavras vista no Juramento de Cirion.
Quem sabe a ordem das palavras seja livre, de modo que vanda sina também poderia ser sina vanda – e, da mesma forma, tanya wende também poderia ser wende tanya? Seja como for, não podemos ter certeza absoluta de que a palavra tanya ainda é válida no quenya no estilo do SdA. O Etimologias lista TA como o “radical demonstrativo élfico
‘aquele’”, e a palavra real em quenya para “aquele” é dada como tana. Uma vez que esta forma se parece