LIbras
• Nomenclaturas e surdez: qual a importância em diferenciar surdos e deficientes auditivos? • Definições: clínica e outra sócio antropológica. 2
Definição clínica
• Na visão clínica, enfatiza-se a perda da audição. Skliar (1997, p.45) cita:
[...] o surdo é considerado uma pessoa que não ouve e, portanto, não fala. É definido por suas características negativas; a educação se converte em terapêutica, o objetivo do currículo escolar é dar ao sujeito o que lhe falta: a audição, e seu derivado: a fala. 3
O autor citado também define:
• Medicalizar a surdez significa orientar toda a atenção à cura do problema auditivo, à correção de defeitos da fala, ao treinamento de certas habilidades menores, mais que a interiorização de instrumentos culturais significativos, como a língua de sinais.
E significa também opor e dar prioridade ao poderoso discurso da medicina frente à débil mensagem da pedagogia.
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Assim define Sánchez (1998, p.51):
• A surdez não é uma doença que necessita de cura, mas é uma condição que deve ser aceita. Os surdos não são inválidos que precisam de reabilitação. Eles são membros de uma comunidade linguística minoritária que deve ser respeitada e possuem o direito inalienável de receber sua educação nesta língua. 5
Capovilla (1998, p.1543) também relata o antagonismo da terminologia surdo:
• [...] posição médica que considera a surdez como um problema a ser resolvido e o surdo como portador de uma deficiência a ser curada, há posição antropológica que considera a surdez como uma peculiaridade humana e o surdo como portador de uma cultura e uma língua própria a serem respeitadas. 6
Conceito enquanto construção social
• Tomando o conceito de surdez enquanto construção social, e não como falta biológica, conseguimos visualizar possibilidades educacionais, sociais, mas é de fundamental importância reconhecer que é por meio da língua de sinais que essas
pessoas