Libras
Considerando o ensino da língua portuguesa escrita para crianças surdas, há dois recursos muito importantes a serem usados em sala de aula: o relato de estórias e a produção de literatura infantil em sinais. O relato de estórias inclui a produção espontânea das crianças e a do professor, bem como, a produção de estórias existentes; portanto, de literatura infantil.
A comunidade surda tem como característica a produção de estórias espontâneas, bem como de contos e piadas que passam de geração em geração relatadas por contadores de estórias em encontros informais, normalmente, em associações de surdos. Infelizmente, nunca houve preocupação de registrar tais contos.
Pensando em alfabetização, tal material é fundamental para esse processo de estabelecer, pois aprender a ler os sinais, dará subsídios ás crianças para aprender a ler as palavras escritas na língua portuguesa. A produção de contadores de estórias naturais, de estórias espontâneas e de contos que passam de geração em geração são exemplos de literatura em sinais que precisam fazer parte do processo de alfabetização de crianças surdas.
A produção em sinais é a primeira língua e merece receber esse tratamento. Sendo assim, recuperar a produção literária da comunidade surda é um aspecto emergente para tornar eficaz o processo de alfabetização. Literatura em sinais é essencial para tal processo. Os bancos escolares devem se preocupar com tal produção, bem como incentivar seu desenvolvimento e registro.
O que os alunos produzem hoje espontaneamente, pode se transformar em fonte de inspiração literária dos alunos de amanhã. O que os professores relatam hoje, podem ser aperfeiçoado no dia de amanhã. Parte-se do pressuposto que as crianças estejam tendo acesso a língua de sinais brasileira. Os alunos surdos precisam tornar-se leitores na língua de sinais para se tornarem leitores na língua portuguesa.
A língua de sinais é uma