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Para a linguagem se tornar um sistema complexo de significação e comunicação que é hoje, ela passou por um desenvolvimento gradual e progressivo. A língua só existe a partir do momento que tem uma cultura ligada a ela, portanto, as Línguas de Sinais existiram desde que existe a língua oral humana e sempre que existirem surdos reunidos por mais de duas gerações em comunidades. Até hoje o que se conhece sobre os surdos e suas Línguas de Sinais é pouco.
Raízes Históricas das Línguas de Sinais
O interesse pelas Línguas de Sinais é muito antigo e evidencia a preocupação com a educação dos surdos. J. Bulwer afirma em seu livro Philocophus que o surdo pode expressar-se verdadeiramente por sinais se ele souber essa língua tanto quanto um ouvinte domine sua língua oral (in Woll, 1987:12) Em, 1760 o abade L’Epée usando a Língua de Sinais que se falava pelas ruas de Paris, datilologia/alfabeto manual e sinais criados instruiu duas surdas e teve grande êxito, tendo sua metodologia conhecida, respeitada e assumida pelo Instituto de Surdos e Mudos, em Paris, como o caminho correto para a educação dos seus alunos. Nos Estados Unidos em 1835 ocorreu a aceitação total da Língua de Sinais Americana tendo como conseqüência um grau elevado de escolarização de crianças surdas e da entrada dessas crianças para o mercado de trabalho, principalmente como professores de surdos. A educação de surdos passa a acontecer em todos os paises e com as mesmas conseqüências. Em 1880 o Congresso de Milão baniu a educação de surdos, sendo retomada em 1940 ou mais tarde.
A Lingüística e as Línguas de Sinais
Os estudas das Línguas de Sinais indígenas foi extremamente importante, mas considera-se como estudo cientifico das Línguas de Sinais os trabalhos realizados por William C. Stokoe. Seu trabalho foi muito importante para a Língua de Sinais, ele criou o primeiro dicionário de Língua de Sinais e inseriu o estudo das