Libras - aspectos históricos
Apesar dos avanços no processo de inclusão, ao observarmos a trajetória histórica do ontem e o processo hoje, percebemos que a história da humanidade foi testemunha de como as pessoas com deficiência foram excluídas da sociedade. Na Idade Média os surdos eram sujeitos estranhos e objetos de curiosidades da sociedade, não podiam receber a comunhão, eram proibidos de receberem heranças e de exercerem seus direitos como cidadãos. Sobre a educação, até o início da Idade Moderna não havia notícias de experiências educacionais com as crianças surdas.
A história dos surdos teve início, mundialmente, a partir de Padre Pedro Ponce de Léon, que fundou uma escola para surdos em Madri, e dedicou grande parte da sua vida a ensinar os filhos surdos, de pessoas nobres. León desenvolveu ainda, um alfabeto manual, que ajudava os Surdos a soletrar as palavras.No entanto, em meados de 1760, Abade Michel de L'Epée (1712-1789), a partir de sua experiência com duas irmãs gêmeas surdas que se comunicavam através de sinais, fundou na França a primeira escola pública para crianças surdas, onde foi utilizada a língua de sinais, uma combinação dos sinais com a gramática francesa, com o objetivo de ensinar a ler, escrever, transmitir a cultura e dar acesso à educação. Seu método teve sucesso e obteve resultados espetaculares na história da surdez. Em 1791, a sua escola se transforma no Instituto Nacional de Surdos e Mudos de Paris, e foi dirigida pelo seu seguidor o gramático Sicard.
Já no Brasil, a educação de surdos teve início no governo Imperial de D. Pedro II, quando o professor francês Hernest Huest, seguidor da ideia de Abade L’Epée, que ficou surdo aos 12 anos de idade, veio para o nosso país em 1857, a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para meninos surdos, o atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). No início, o processo de ensino era feito através da linguagem escrita, articulada e falada, datilogia e sinais. A disciplina