Liberdade
A obra “Em busca de sentido” de Viktor Emil Frankl também colabora com a temática da liberdade quando descreve sobre a liberdade interior. Segundo o autor a vida no campo de concentração é determinada com regras, limites, posturas e condicionamentos. Então surgem ao autor alguns questionamentos, como: “Onde fica a liberdade humana? (...) Será que a pessoa nada mais é que um resultado de múltiplos determinantes e condicionamentos, sejam eles de ordem biológica, psicológica ou social?” (FRANKL, 2008, p. 87-88). Em resposta, Frankl diz que o ser humano pode sim agir fora do esquema. Para ser mais claro, o autor relata que no campo de concentração só não se pode privar a pessoa de sua atitude alternativa diante da vida, ou seja, de sua característica mais intrínseca: a sua liberdade interior. Frankl menciona que as pessoas poderiam decidir se seriam um típico prisioneiro de campo de concentração ou então uma pessoa completa de liberdade espiritual e dignidade. Sobre a liberdade espiritual, o autor relata ser aquela que “não se lhe pode tirar (pois), permite-lhe, até o último suspiro, configurar sua vida de modo que tenha sentido” (FRANKL, 2008, p. 89). De acordo com a técnica logoterapêutica o sujeito deve tomar consciência de que tem liberdade para tomar posição diante dos determinismos que a vida impõe. Eis, assim um grande fundamento da Logoterapia, a liberdade da vontade ou a vontade de sentido. Isto significa que não vou escolher arbitrariamente, e sim que vou tomar decisões de acordo com o sentido que descobri para minha vida naquele momento específico (LAZARTE, 2015). Diante disto, a compreensão que tivemos desta liberdade interior, é como se a minha consciência intuitiva percebesse um sentido, na qual eu como ser-no-mundo tomo uma atitude, diante das possibilidade e/ou provocações diárias que a vida nos oferece. Omar Lazarte (2015, p. 98) nos atenta com uma importante reflexão:
“Como saber, como diferenciar, como optar diante das distintas