Análise do texto Apologia de S crates
Autor: Platão
Livro: Diálogos
Editora: Nova cultura – Coleção Os Pensadores
O texto inicia-se com o Exórdio, este que é um discurso para elucidar a condição de acusado em que se encontra Sócrates, no tribunal e seu dever com a verdade.
“O que acontece é isto, é a primeira vez, velho como sou com setenta anos completos, que subo os degraus de um tribunal.”
“Mas atentai apenas a isso e ponde isto em mente, se digo coisas justas ou não, porque este é o dever de quem julga como, também, é dever de quem fala a verdade”.
Na Primeira Parte: A defesa de Sócrates
I – Proposição distinção entre dois tipos de acusadores: os antigos e os recentes.
Nesta passagem percebe-se que desde longo tempo algumas pessoas discordam claramente do estilo de abordagem de Sócrates, e estas se tornaram inimigas e contribuíram para que novos discordantes e inimigos fossem agregados.
“Estes, ó cidadãos de Atenas, que espalharam pelo mundo tais coisas ao meu respeito, são os acusadores que mais temo, porque os ouvindo, as pessoas creem que quem se ocupa de tais especulações não reconhece nem mesmo os deuses”.
II - Defesa contra os antigos acusadores.
II. 1- Calúnia acerca do saber de Sócrates.
É exposto que o saber de Sócrates, nada tem de semelhante com os dos Sofistas, os quais como acreditavam que detinham o saber, necessitavam, então, que os alunos pagassem para poder adquiri-lo.
“Em resumo, em tudo isso não há nada de verdadeiro e se, ainda, ouvistes alguém dizer que instruo os homens e recebo dinheiro por isso, nem mesmo isto ainda é verdadeiro”.
II. 2 – O que é o saber de Sócrates.
a. – O oráculo de Delfos.
O oráculo era um local, no qual predições eram feitas, um amigo de Sócrates, o Querofontes visitou esse local, e realizou uma indagação sobre se havia alguém mais sábio do que Sócrates, a Pítia sobre influência do deus de Delfos respondeu que não havia ninguém.
“E ainda sabeis que homem era Querofonte e quão resoluto era em suas decisões. Ora,