Liberdade Vigiada
Por Robson Gomes – IESB 7º semestre noturno
O avanço da tecnologia nos últimos anos trás à tona o questionamento de até aonde vai o direito à privacidade das pessoas. O que é público? O que é privado? Em palestra proferida na faculdade IESB, em 31 de agosto de 2006, o Consultor em Comunicação, Mário Rosa, afirmou que “o mundo não é mais o que parece”. Hoje estamos mais expostos, onde nossos erros aparecem mais.
Atualmente, segundo o especialista, o mundo tem dado espaço aos mais fracos. Ou seja, qualquer cidadão pode transformar seu aparelho celular em uma arma capaz de derrubar qualquer chefe de estado ou celebridade. Agora o poder de vigia vem de baixo para cima. Para ilustrar essa situação, o consultor expõe o caso do ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho, flagrado aceitando R$ 3 mil reais de supostos empresários, para facilitar contratos de licitações.
Na nova concepção “Big-Brodiana”, elementos de transgressões ficaram mais acessíveis, onde grampos e filmagens secretas são importantes delatores. Rosa afirma que agora o desgaste não é mais proporcional ao erro do indivíduo. O desgaste que se perpetua depois de desvendado o delito, é muito maior que o momento da descoberta. O delatado sangra a conta-gotas, pouco a pouco.
Existem segredos que não vamos mais conseguir guardar. No mundo onde a mídia é considerada o 1º poder, não existe mais as quatro paredes. O namorado traído e enciumado pode colocar na internet aquela foto ou filme ousado da ex, onde ela faz sexo oral no iate dele. Situações assim tornam-se mais comuns nos dias de hoje.
A vida privada está ameaçada. Agora o privado, passa ser público. Hoje somos pessoas públicas. A vida pública começa dentro de nossa casa. Nas empresas públicas ou privadas a intranet não é mais a mesma. A transmissão da informação por meios eletrônicos não é mais 100% segura.
Gerenciando a Imagem
Mas o que é uma crise de imagem? Crise de