Liberdade contra a pobreza
Há uma recusa sincera e quase universal em compreender dos princípios econômicos fundamentais por trás da criação de riqueza.
P. J. O’Rourke
O desafio da pobreza
A pobreza em massa permanece um desafio à comunidade global. De acordo com o Banco Mundial, em 1998, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas viviam na pobreza absoluta, isto é, com uma renda inferior a um dólar por dia, sendo quase metade delas habitante do sul da Ásia. Embora a pobreza tenha diminuído um pouco, ela continua a ser o maior desafio da humanidade.
As consequências da pobreza são tão perniciosas que precisam ser lembradas: em primeiro lugar, a pobreza tem um efeito desumanizador. Ela inflige sofrimentos diários por meio da fome e da frustração constante até mesmo das aspirações mais simples. Ela embrutece as pessoas, tanto impelindo algumas pessoas pobres à violência, quanto corrompendo as relações humanas, particularmente no seio familiar. A pobreza é um fator importante de violência contra as mulheres. Quando o conjunto das pessoas pobres progride, uma das mudanças mais notáveis que as mulheres dos vilarejos do sul asiático mencionam é a maior harmonia na família, ou seja, menos violência doméstica.
A pobreza impede as pessoas pobres de concretizar seu potencial humano intrínseco. Sem acesso à educação, as pessoas pobres veem severamente restringido o desenvolvimento de seus talentos, capacidade e produtividade. Numa era em que se prestam tantos falsos elogios à importância da educação e do desenvolvimento dos recursos humanos, os bilhões de pessoas desprovidos dessas oportunidades representam um desperdício de potencial humano em uma grande escala — para os indivíduos, mas também para a sociedade como um todo. Muitas pessoas não notam a relevância disso, preocupando-se com a superpopulação e acreditando que ela é o principal problema. A pobreza em massa, assim, torna-se culpa do pobre — uma abordagem realmente cínica e que