Economia
Esse período pode ser descrito como “a ilusão de poder” porque marca a suposta ascensão do Brasil no cenário internacional. Essa caracterização se inicia com o cultivo da amizade do Brasil e Estados Unidos, política executada pelo Barão do Rio Branco e mantida por seus sucessores. Nem todos foram a favor, Domício da Gama, que divergiu na embaixada do Brasil em Washington, da forma de solidariedade que vinha sendo praticado por Lauro Muller, sucessor imediato do Barão questionou essa postura, para ele, o interesse nacional impunha limites à amizade incondicional e recomendava evitar-se o recurso à influência norte-americana. No entanto, referente à década de 1920, a amizade não significou alinhamento “automático” da política externa brasileira ao Departamento de Estado norte-americano. As relações econômicas foram o fator mais importante que levou o Brasil a estreitar relações com os Estados Unidos já que este era o principal centro propulsor da economia agroexportadora brasileira, principalmente como comprador de café e café. Além disso, a participação crescente nas importações brasileiras de manufaturados e de produtos alimentícios, como a farinha de trigo, os norte-americanos substituíram os ingleses como investidores no Brasil e ainda 1922, teve início a cooperação militar entre os dois países. A atuação de Edwin Morgan, embaixador dos EUA no Rio de Janeiro, onde gozou de respeito e admiração, contribuiu também para a aproximação.
Ainda na década de 20, o país adquiriu uma sensação de autoconfiança e superestimação de seu peso internacional, decorrente de sua participação mesmo modesta, na política mundial em razão de sua entrada na Grande Guerra e subsequente atuação nas conferências de paz e no Conselho da Sociedade das Nações como membro eleito. O Brasil de entre guerras na frente internacional, mostrava-se como uma nação satisfeita consigo mesma e a diplomacia brasileira estava