Liberalismo: Hobbes & Locke
As principais diferenças entre Hobbes e Locke podem ser percebidas por motivos concernentes ao contexto histórico no qual estavam inseridos, sendo Hobbes de um período de grandes rebeliões, choques entre monarquia e parlamento, e divergências religiosas, já Locke, no contexto da respectiva Revolução Gloriosa. Seus estudos partem da tríade, estado de natureza, contrato social e sociedade civil.
As principais divergências são em relação ao contrato social, visto que, ao contrário de Hobbes onde o Estado teria que ter autonomia e direitos sobre a vida dos indivíduos, para Locke, não! Hobbes movido pelo o contexto de conturbadas relações sociais e por um perceptível medo em relação ao próximo, Hobbes firmará seu pensamento onde, a paz só poderá novamente voltar a partir do momento onde o Estado for totalmente Totalitário, impondo a ordem e administrando a vida dos indivíduos, visto que segundo ele, a natureza do homem não era selvagem, mas por haver uns mais fortes do que outros estes passariam a viver em constantes conflitos, tendo de um lado dominadores, e de outro dominados, já para Locke, todos eram livres e iguais entre si e tendo cada um a sua respectiva razão, estes, defenderiam suas propriedades, vida e direitos, sendo cada um “juízes de suas causas”, logo, Locke defenderá o Estado democrático de direitos sendo de uma vertente liberal, enquanto Hobbes, de um viés conservador sendo chamado por muitos como o “pai da teoria absolutista”.
Segundo Hobbes os indivíduos deveriam submeter à vida ao jugo do Estado, ficando em uma constante alienação, desde modo, ficaria nas mãos do Estado decidir preservar ou não a vida dos indivíduos conforme o cumprimento ou não das normas estabelecidas pelo o Estado, já para Locke, o direito a vida é inalienável, passiveis de contestar em relação a uma ordem vigente.