Levi strauss
A hipótese de uma evolução para hierarquizar culturas contemporâneas em números casos foi desmentida pelos fatos quando se pretendia estabelecer analogias. Do mesmo modo, os fatos demonstram que não se pode traçar esquemas para sociedades que nos precederam no tempo: "o desenvolvimento dos conhecimentos pré-históricos e arqueológicos tende a desdobrar no espaço formas de civilização que estávamos levados a imaginar como escalonadas no tempo", diz Lévi-Strauss para acrescentar em seguida que o progresso se da aos saltos, não linearmente, tendo sempre vários caminhos que pode percorrer.
A História pode ser cumulativa, em alguns casos, o que "não é privilégio de uma civilização ou de um período histórico", diz o autor, exemplificando com à América, aonde se desenvolveram culturas com História acumulativa.
6. História Estacionaria e História Cumulativa
Considerar a América como exemplo de História cumulativa é é fruto de um interesse do homem ocidental em aproveitar certas contribuições dos Índios Americanos, diz Lévi-Strauss, pois a tendência e considerarmos os aspectos de uma cultura que tem significação para nós, qualificando-a de "cumulativa". Mas quando a linha de desenvolvimento de uma cultura nada significa para nós, nós a qualificamos de estacionária. Esta atitude nos leva a apreendermos a historicidade de uma cultura não de acordo com suas propriedades intrínsecas, mas sim de acordo com o número e a diversidade de nossos interesses que estão engajados nelas. Com isto, Lévi-Strauss quer dizer que não devemos confundir com imobilismo a nossa ignorância dos interesses verdadeiros de uma cultura, ao mesmo tempo em que essa por ser dotada de critérios diferentes, tem o mesmo julgamento de nos. Ou nas palavras do autor: "pareceríamos uns aos outros como desprovidos de interesse, muito simplesmente porque não nos assemelhamos".
A originalidade das culturas, diz Lévi-Strauss, "reside mais na sua maneira particular de resolver problemas,