letras
FUNDAÇÃO DA LINGUÍSTICA
SINCRÔNICA
Profª Lucélia de S. Almeida
O homem procura dominar o mundo em que vive. Uma forma de ele ter esse domínio é o conhecimento. Esse é um dos motivos pelos quais ele procura explicar tudo o que existe.
A linguagem é uma dessas coisas.
(Orlandi, 2009)
Por que falamos? Para que falamos? Como falamos?
Por que as línguas são diferentes? O que são as palavras? O que elas produzem?
Essas questões tocam diretamente o ser humano, e ele tem procurado dar-lhes uma resposta.
A preocupação com estudos sobre esses aspectos vem desde a Grécia antiga, quando os pensadores entendiam-se em longas discursões para saber se as palavras imitavam as coisas ou se os nomes são dados por pura convenção.
A LINGUÍSTICA COMO CIÊNCIA
A Linguística só se estabeleceu como ciência no primeiro quartel do século XX com os estudos de Saussure.
Livro
póstumo: Curso de Linguística Geral organizados por Charles Bally e Albert
Sechehaye.
Nele
encontra-se os principais conceitos que orientam os estudos linguísticos, tais como:
O CAMPO DA LINGUÍSTICA:
OBJETO DE ESTUDO E
DOMÍNIO PRÓPRIOS
O QUE FAZ ESSA OBRA SER MARCO
DIVISÓRIO PARA A LINGUÍSTICA?
O movimento para constituir um objeto teórico próprio para a Linguística;
O movimento de incluir a Linguística num domínio próprio, o da Semiologia;
O QUE HAVIA ANTES?
A GRAMÁTICA se preocupava apenas com a formulação de regras: o que é certo e o que é errado na língua; não tinha fundamentação científica.
A FILOLOGIA tinha como finalidade comparar textos; e isso foi muito importante para a Linguística Histórica.
A
GRAMÁTICA COMPARADA se preocupava com a comparação de línguas para classificá-las em Famílias
Linguísticas.
Como podemos observar, esses estudos não se voltavam para a Língua COMO ELA É, viva, ocorrendo aqui e agora, no meio social. A CONSTRUÇÃO DE UM OBJETO PRÓPRIO