Letras
O desejo de investigar e de discorrer sobre a literatura distópica surgiu a partir das leituras das obras “1984” de George Orwell, “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley e de Laranja mecânica de Antony Burgess. O termo “Distopia” veio através da leitura e das análises dessas obras, posto que fosse bastante recorrente nos textos lidos, uma vez que esta palavra não muito usual fora usada pela primeira vez por um senador britânico chamado John Mil que em um discurso no parlamento inglês a utilizou para designar a idéia que se caracteriza como um contraponto à noção de Utopia, dizia Mil (1868) "É, provavelmente, demasiado elogioso chamar-lhes utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos, ou caco-tópicos. O que é comummente chamado Utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável."
Nesse sentido, o termo distopia significa imediatamente o reverso de utopia, pois se esta designa a idéia de um modo de vida ideal demais para se tornar realidade, já a outra representa uma metáfora caótica e horrível demais para ser praticável, contudo a distopia está de alguma forma, conectada ao mundo real. Jacoby (2010) nos fornece o conceito de Distopia:
Uma Distopia ou Antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma "Utopia negativa”. São geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um opressivo controle da sociedade. Nelas, caem-se as cortinas, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. Assim, a tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações.
Posteriormente o termo passou a designar uma linha de escritos que abordavam uma mesma temática com as mesmas características. Ainda Russel Jacoby seleciona algumas delas, a saber: ü Costumam ser contos