Letramento e alfabetização na Educação de Jovens e Adultos
Para além do mero domínio do sistema de escrita alfabético e do desenvolvimento de capacidades para lidar com a língua escrita do cotidiano, ambos passaram a contemplar, pelo menos em referenciais curriculares, em livros didáticos e na produção dirigida a profissionais da EJA, uma perspectiva social da linguagem, na qual os variados usos da escrita e a participação em diversas práticas letradas devem ser considerados. Dessa maneira, percebe-se que, apesar de serem considerados distintos, ambos processos se associam, sendo que sua atividade contribui para a formação de alunos contextualizados e interacionistas. A autora Amelia Hamze destaca que o letramento é a informação, a necessidade, o interesse de se comunicar através da escrita e da leitura. Para ela, “letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser”. Nas escolas atuais espalhadas pelo mundo, tanto as regulares como as de educação de jovens e adultos, trazem propostas educacionais que visam o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita a partir da sociedade ao qual o aluno está inserido. Porém, no Brasil a realidade é outra, em que a