Educação de Jovens e Adultos
CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
Napoleão F. Vidal da Cunha1
Verônica Alves de Barros2
Alexsandro da Silva3
RESUMO
Este artigo tem por objetivo analisar as concepções e as práticas relacionadas à alfabetização e ao letramento de duas professoras da Educação de Jovens e
Adultos. A investigação desenvolveu-se mediante um estudo de caso, sendo os procedimentos metodológicos adotados a observação e a entrevista semiestruturada. Os resultados indicaram que as duas professoras não tinham se apropriado do conceito de letramento, embora parecessem compreender que a alfabetização estaria relacionada à aprendizagem do sistema convencional de escrita. Os dados também indicaram a necessidade de redimensionar algumas práticas de ensino da escrita alfabética e da leitura e produção de textos em sala de aula.
Palavras-chave: letramento; alfabetização; educação de jovens e adultos.
1. Introdução
A educação de jovens e adultos (EJA) tem sofrido a influência de várias vertentes teóricas, principalmente na área de alfabetização. Os conceitos mudaram muito e as práticas e metodologias para alfabetizar estão priorizando não só a decodificação/codificação do sistema alfabético, mas também a reflexão sobre as práticas sociais de leitura e escrita, com os quais os analfabetos, apesar de não compreenderem o sistema, precisam conviver e até mesmo desenvolver estratégias de convivência.
As experiências inovadoras que almejam uma nova qualidade em educação de jovens e adultos orientam-se na perspectiva epistemológica que toma o jovem e o adulto como construtores de conhecimentos, interagindo com a natureza e o mundo social, tendo como ponto fundamental o respeito à cultura dos sujeitos.
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Co ncluin te d e Ped agog ia – Cen tro de Ed ucaçã o – UF PE. n apo le aocu nha@ ig .co m .br
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Co ncluin te d e Ped agog ia – Cen tro de Ed ucaçã o – UF PE.
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