Resenha: Aziz Ab’Saber – Dossiê Nordeste Seco: Sertões e sertanejos: Uma geografia humana sofrida.

Aluno: Lucas Paschoalick Oliveira
Resenha: Aziz Ab’Saber – Dossiê Nordeste Seco: Sertões e sertanejos:
Uma geografia humana sofrida.

No Brasil encontramos umas das três regiões semiáridas da América do Sul, o Nordeste Brasileiro, ou mais conhecido como sertão. Essa região é uma faixa semiárida, com baixa precipitações pluviométricas (longos períodos de seca), altos índices de temperatura média anual, pouca cobertura vegetal, onde se predomina o bioma da Caatinga, que é uma formação ecossistêmica exclusiva do Brasil.
Essa região do sertão brasileiro é o segundo maior ecossistema do país, ficando atrás somente da Amazônia. O Nordeste se estende por mais de
700mil Km², e possui o segundo maior índice demográfico do Brasil.
É nessa questão que entra a problemática que Ab’Saber trabalha em sua obra, o Nordeste não tem condições climáticas para sustentar tamanho índice demográfico se não houver investimentos do governo para a resolução dos problemas estruturais da população nordestina.
O autor faz uma análise sincera sobre o papel que o governo atual vem desempenhando em relação ao nordeste. Aponta o fato da desigualdade de planejamento público, tanto estatal como regional, onde algumas regiões com maiores propósitos políticos e econômicos recebem grandes verbas públicas enquanto outras regiões onde o desenvolvimento não é tão interessante para quem detêm o poder econômico caem no total esquecimento dos olhos públicos, abrigando uma pobreza extrema.
Aziz faz uma breve citação e crítica aos projetos faraônicos de transposição de águas encabeçados por poderosos políticos, que representam os interesses de grandes empreiteiras e consórcios. Tais barbáries de

projetos que só visam o total interesse político e econômico, como arrecadação de votos e verbas públicas, onde o sertanejo pobre, não irá se beneficiar de fato, continuando em sua condição de pobreza extrema e sem água. Ab’Saber propõem para a solução dos problemas socioeconômicos do semiárido, “é imprescindível