Letramento na educação
À luz das considerações sobre Letramento, devem-se ponderar as definições que determinam o grande número de habilidades e capacidades que constituem a leitura e a escrita, habilidades estas que podem ser aplicadas diferencialmente à produção de uma variedade de materiais escritos que vão desde a simples assinatura dos nomes ou elaboração de uma lista de compras, até a redação de um ensaio ou, de uma tese. Letramento envolve mais do que meramente ler e escrever, pois não é simplesmente um conjunto de habilidades de leitura e escrita, mas o uso dessas habilidades para atender às exigências sociais. Segundo Soares (2000, p. 45), se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e produzir textos. Letrado já está incorporado ao vocabulário educacional. Compreendemos que o problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas levar os indivíduos - crianças e adultos - a fazerem uso da leitura e da escrita. O resultado implica habilidades que permitam que o indivíduo interprete e compreenda o que se lê. O letramento passa a ser peça chave no quebra cabeça da educação. A alfabetização já existe, o que fica a desejar é a consciência de relacionar o aprendizado com a realidade e os problemas sociais. Existe uma pedra no meio do caminho da educação, que impossibilita de formar homens e mulheres autônomos, como defende Paulo Freire (1995). O letrar está dentro e fora da escola e ambos são cúmplices na formação da cidadania, trabalhando juntos, tendo os seus significados compartilhados. A escola tem o seu sentido voltado para a união entre o saber e o senso comum para uma concepção de luta política, de educação, do processo educativo. Para o desenvolvimento deste trabalho, a metodologia utilizada foi bibliográfica. Foram