Ler e Escrever - Um Mera Exigência Escolar?
Este presente trabalho consiste no resumo e análise crítica do texto de Geraldi sobre ler e escrever, se essa atividade, tida como unidade, é uma simples obrigação escolar. Ao longo do artigo vê-se a distinção entre escrita e leitura, e a concepção de uma desenvolvida capacidade de produção textual ligada aos dois atos, não inseparáveis para um bom escritor/leitor. Também se aborda os métodos e práticas escolares no tocante a elaboração de gêneros discursivo-textuais. Se são tradicionais, se necessitam de novas maneiras de ensinar a língua materna dentro desse âmbito.
Introduz o assunto pondo uma questão, se existe a matéria de ensinar a como falar, logo é porque os falantes de tal língua não a usam como ela deve ser ou não condiz com seu funcionamento. Afirma que muitas sociedades entendem como uma unidade entre leitura e escrita pelo estudo da língua, não pelo seu uso, pois seria instável se assim fosse.
Cuja unidade é um meio de suprir a necessidade comunicativa entre uma mesma comunidade linguística, porém de forma a pressionar os falantes impondo-lhes preceitos e normas pré-estabelecidas, onde é definido pela gramática normativa tradicional o que é certo e errado. O indivíduo falante se sente coagido, e precisa se adaptar às situações, relações entre interlocutores, tempo, finalidade, consoante cada gênero discursivo. A aplicabilidade de normas prende o que é vital da língua: a mudança, a evolução temporal e social. Ainda que se tenha retida a ideia da padronização como modelo único, não é possível impedir, naturalmente acontecerá mudança. Toda língua viva evolui.
O autor diz que introduzir o texto na classe significa introduzir a possibilidade das emergências dos imprevistos, dos acontecimentos